A Pílula anticoncepcional completa 50 anos; mais madura, porém jovial
Uma Relação de confiança
Com o surgimento da pílula, a mulher passou por um processo de mudança singular em sua vida profissional e pessoal. Isso provocou uma revolução social refletida atualmente na sociedade, seja pela opção de ter filhos de forma planejada, seja pela escolha por sua independência profissional.
Um simples comprimido permitiu a mulher decidir sua melhor hora de engravidar. Essa possibilidade de auto-decisão fez toda diferença no papel social da mulher, principalmente, no que se refere por sua inserção no mercado de trabalho.
"O anticoncepcional deu a mulher o poder de realizar, por exemplo, o planejamento familiar",vera
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"Mais relação sexual sem preocupação de gravidez" |
Quem poderia imaginar que naquela época a descoberta da pílula poderia causar um impacto dessa dimensão na vida das mulheres hoje em dia. O contraceptivo radicalizou costumes e proporcionou a sonhada liberdade sexual.
A mulher atual escolhe seu parceiro, decide quando querem filhos, dão prioridade a profissão, são mais estudadas e esclarecidas, sabem o que querem e como querem. E tudo isso graças à ajuda das pílulas anticoncepcionais aliadas, claro, as mudanças, político-sociais ao longo das décadas.
A mulher atual escolhe seu parceiro, decide quando querem filhos, dão prioridade a profissão, são mais estudadas e esclarecidas, sabem o que querem e como querem. E tudo isso graças à ajuda das pílulas anticoncepcionais aliadas, claro, as mudanças, político-sociais ao longo das décadas.
Década de 50 a invenção da pílula; década de 60 o início da liberdade sexual
A mulher empresaria, a industriaria, a motorista, a policial, a política, a professora, a mãe, a estudante todas têm muito o quê comemorar, pois no passado foi criado uma fórmula que ia mudar pra sempre a posição dela na sociedade. Surgido na década de 50 o contraceptivo abriu de uma vez por toda passagem para liberdade sexual.
De dona de casa, no passado, hoje profissionais bem sucedidas. È comum hoje em dia vê mulheres que ocupam espaços antes destinados apenas para os homens. Todas essas mudanças lhes renderam prestígios e posições na escala social. Os números de filhos caíram, a liberdade pelo melhor momento de ter um filho imperou, separando de uma vez por todas o sexo da maternidade.
Redução de números de filhos; Influência dos métodos contraceptivos
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"Poderia ter planejado " |
Controlando sua fertilidade a mulher passou então a decidir também o momento exato de entrar para mercado de trabalho.
Ao longo das décadas a mulher aumentou o seu grau de escolaridade e passou a dar prioridade a sua carreira, a invenção das pílulas retardou bastante a hora de ser mãe. Independente financeiramente, mais instruída, a redução no número de filhos diminui gradativamente com o passar dos anos.
Ao longo das décadas a mulher aumentou o seu grau de escolaridade e passou a dar prioridade a sua carreira, a invenção das pílulas retardou bastante a hora de ser mãe. Independente financeiramente, mais instruída, a redução no número de filhos diminui gradativamente com o passar dos anos.
Dados do IBGE de 2008 retirados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (Pnad) revelam que a taxa de fecundidade do país, neste período, registra o menor grau na história chegando a 1,89 filho por mulher, quando em 2007 o índice era de 1,95 filho por mulher. Assim como a mulher a pílula também evoluiu. As primeiras pílulas fabricadas tinham doses altíssimas de hormônios que ocasionava vários efeitos colaterais, assim não ganhou grandes usuárias.
Pesquisas dão conta de que no Brasil a pílula anticoncepcional começou a ser vendida em 1962 e só em1978 o governo começou a distribui a pílula de forma gratuita.
Somente nos anos 70 foi lançada a segunda geração das pílulas, nos anos 90 nasce a terceira geração das pílulas, desta vez com doses de hormônios bem mais reduzidos do que os anteriores.
Encontrada em qualquer drogaria com preços bastante variados, distribuída gratuitamente pelo governo, a pílula é usada atualmente por mais de 100 milhões de mulheres mundo a fora, principalmente, por ser considerado um dos métodos mais confiáveis de evitar a gravidez.
Confiáveis, porém não muito seguros pra outras questões relacionadas á saúde, segundo a funcionária pública e contadora, Maria de Fátima Medeiros, 34. Ela atenta para outra questão que coloca os cuidados preventivos à doenças sexualmente transmissíveis como um fator que deve ser priorizado entre as mulheres, além da gravidez. “A pílula como meio contraceptivo para evitar a gravidez é certamente a forma mais indicada, no entanto é preciso ter cuidado nas relações sexuais sem preservativo, pois pode ser surpreendido por doenças transmissíveis pelo sexo como a AIDS, por exemplo”, reforça.
Ano Pop. brasileira População econ. ativa feminina* Taxa fecundidade brasileira*
(em milhões)*
(em milhões)*
Década de 70 93.139.037 28,8% 5,8 filhos
Década de 80 119.002.706 33,5% 4,4 filhos
Década de 90 146.825.475 35,5% 2,9 filhos
2000 169.799.170 - 2,3 filhos
2007 183.987.291 43,6% 1,95 filho
Década de 80 119.002.706 33,5% 4,4 filhos
Década de 90 146.825.475 35,5% 2,9 filhos
2000 169.799.170 - 2,3 filhos
2007 183.987.291 43,6% 1,95 filho
* População recenseada no Brasil e taxa de fecundidade brasileira – dados do IBGE
* População economicamente ativa feminina – dados da Fundação Carlos Chagas
* População economicamente ativa feminina – dados da Fundação Carlos Chagas
foto: site semprematerna.uol.com.br
Imagem: Wikimedia Commons