A internet dando o tom do jornalismo participativo
Você já ouviu falar num jornalismo onde o cidadão é co-autor na produção da informação.
Não se trata de uma produção comum feita em uma redação de jornal, mas sim de participação de pessoas anônimas na transmissão de notícia tornando o jornalismo mais democrático e participativo por meio de mídias sociais, basta está na hora e lugar certo e disponibilizar de algumas ferramentas indispensáveis como câmara de vídeo, aparelhos celulares e tantos outros recursos usados para transmitir a informação.
Na era da web 2.0 o jornalismo ganhou parceiros indispensáveis na transmissão da notícia e vários fatores são responsáveis por isso; o acesso as novas tecnologias, o surgimento de mídias sociais, a popularização da internet que presenteou os internautas com a interatividade por meio da web 2.0. Os sites de notícias e as próprias mídias sociais foram bombardeados por informações espontâneas vindas de todos os lugares do mundo.
Com o volume de informação os veículos de comunicação e até mesmo os profissionais começaram então a rever o verdadeiro interesse do publico pela notícia. A parti daí a notícia mais importante e a menos importante passaram a ter outros critérios, desta vez levando em conta o interesse do cidadão. De simples consumidores eles passaram a serem também produtores da notícia, sendo essa é a nova cara do jornalismo digital.
“Você faz a notícia”; a nova forma de fazer jornalismo
E não é preciso muito coisa para qualquer um se tornar repórter cidadão. Para participar é preciso um computador ou telefone, claro uma internet, uma conta no twitter. Ah, podem ser usados também vídeos, imagens.... Assim qualquer pessoa pode contribuir com o jornalismo transmitindo informações em tempo real e tornar “repórter cidadão” e por que não dizer “participativo”. O mais novo fenômeno da atualidade deu o poder de qualquer um produzir a informação- notícia- por exemplo, de interesse público que não estaria no alcance das redações.
Diante dessa tendência sites de peso nacional perceberam a grande oportunidade e abriram espaço para os cidadãos participarem do jornalismo: associaram o jornalismo apurado por profissionais e deram oportunidade à noticia produzida por pessoas que num momento oportuno tem o acesso a informação e a imagens, e por meio de alguma tecnologia a torna publica.
Sites nacionais que estimulam o repórter cidadão na produção de notícia
O site de noticias “Terra” disponibiliza em sua plataforma para os internautas um espaço onde divulga vídeos com informações enviadas por qualquer pessoa. No site, o espaço é chamado de “VC Repórter”.
Nele o internauta contribui com imagens e informações e o jornalista se encarrega de fazer a cobertura. São colaboradores dispostos a contribuir com imagens precisas e importantes sobre determinado fato. Algumas imagens só pra se ter uma idéia chegam a mais de 30 exibições, depende, claro do acontecimento.
Nele o internauta contribui com imagens e informações e o jornalista se encarrega de fazer a cobertura. São colaboradores dispostos a contribuir com imagens precisas e importantes sobre determinado fato. Algumas imagens só pra se ter uma idéia chegam a mais de 30 exibições, depende, claro do acontecimento.
O portal de noticias O Globo também dispõe de uma plataforma cujo nome “Eu Repórter” publica conteúdos produzidos por cidadão. O menu é misturado em meios as editorias. No site o slogan “Aqui você faz a noticia: mande sua história em foto, vídeo e áudio.”
Assim como as agências de noticias Terra e O Globo o portal de noticia G1 também oferece o espaço onde as pessoas pode participar no link conhecido como “ VC no G1”.
Para contribuir com o site G1 basta enviar o material. O site abre aspas e sugere:
“Presenciou um fato importante? Registrou um flagrante de notícia em foto ou vídeo? Há algo novo acontecendo na sua cidade? Preencha os campos abaixo e envie a sua reportagem ao G1”, texto divulgado no site.
São participações essenciais onde o jornalismo é construído com a riqueza de relato de leitores e internautas que contribuem com fotografia, textos e vídeos. E os assuntos são os mais variados possíveis, você encontra informações sobre cultura, notícia, economia, política, mundo, ciência e saúde, vestibular e educação e por aí vai.
E nesse mundo promissor da internet não deve deixar de mencionar a participação ainda no you tube onde é postado imagens de todos os lugares e de diversos tipos de conteúdo produzidos e postado por qualquer pessoa.
A Wikipédia, por exemplo, é outra plataforma que é produzida por contribuição de voluntários na constituição da enciclopédia livre, lá se encontra de tudo um pouco.
A colaboração de informações jornalísticas pela mídia sociais também se estendem aos blogs, que adentraram no jornalismo sem pedir licença e hoje, indiscutivelmente tem participação ativa nesse segmento. São blogs dos mais variados estilos, desde pessoais a informativos. Dessa forma fica evidente que a grande diferença da mídia alternativa em relação da mídia tradicional é a participação instantânea das pessoas no processo da produção da informação.
O jornalista Eduardo Almeida, endente que a dinâmica da web exige do jornalismo uma postura diferente adotada pelos demais meios de comunicação. Ele explica que para o jornalismo na web é necessário atualização constante das informações e enfatiza como diferencial novos fatos e recursos narrativos, “O repórter cidadão, nesse contexto, apresenta sua visão da notícia, sem seguir regras pré-estabelecidas. Esse tipo de interação também supre a necessidade de 'onipresença' que a internet impõe”, diz Eduardo.
Quanto á participação de usuários na produção de conteúdos jornalísticos, o jornalista avalia como benéfica, para ele essa interação implica em mais informações e mais recursos para a narrativa, “Acredito que o papel do comunicador e do usuário deve ficar bem delimitado. Esse último apenas subsidia o trabalho do primeiro”, diz.
iReport rede de TV CNN
Open Souce; jornalismo participativo
O que falar das grandes coberturas jornalistas sem o devido apoio das mídias sociais, a exemplo do twitter, de celulares com câmeras e dos próprios blogs. Uma boa ilustração dessa realidade são coberturas por meio dessas mídias como o ataque as torres gêmeas-11 de setembro- que abalou o mundo matando milhares de pessoas, o abalo sísmico no Haiti- terremoto que matou Zilda Arns- embaixadora da ONU no Brasil, e pra ser mais preciso, um episodio que parou as estações de metrô de São Paulo. O site G1, por exemplo, divulgou imagens de vídeos enviados por pessoas que estavam no momento do fato.
Twitter: uma genial ferramenta no jornalismo cidadão
Se na hora da transmissão da notícia sobressaem ás imagens de celular e de vídeos, o twitter inova com textos em 140 caracteres. A mídia alternativa permitir transmitir frases curtas sobre acontecimentos onde muitas vezes possibilita ao internauta a transmissão do fato no momento em que ele ocorre e alcança em questão de segundos milhares de pessoas que por sua vez se encarrega de repassar a informação, transformando o leitor em produtor da informação.
A blogueira do mosaico social e jornalista, Vany Laubé, em artigo divulgado no Blog Mídia 8 com o titulo “ È só bota água no feijão” ressalta a participação de uma turma que usam a mídias sociais por meio do twuitter, onde enviaram informação e fotos para o portal emsergipe.com relatando os estragos da ventania na cidade. No texto ela destaca que o trabalho do repórter cidadão é fundamental no processo de apuração por que eles estão no lugar certo e na hora exata em que o fato ocorre. Nesse episódio trabalhou juntos o veiculo de comunicação e pessoas comuns que contribuíram com informações jornalísticas e tiveram uma participação e consciência cidadã.
Sites locais; ausência de jornalismo participativo
A participação de usuários produtores de conteúdos na internet por meios de mídias sociais e ferramentas digitais em sites locais numa breve análise ainda é muito imaturo. Os únicos espaços disponibilizados nas agências de noticias alagoanas são espaços abertos apenas para comentários, sugestões de pauta, praticamente ignorada a participação de conteúdos voluntários. Vez ou outra, não muita freqüente são enviados por internautas imagens de vídeos e fotos para alguns sites. Aqui no Estado o aproveitamento de conteúdos jornalísticos decorrentes destas iniciativas ainda passa longe de ser ideal.
"O Brasil é o país que mais utiliza internet e mídias sociais do mundo" Gustavo Acioly, Consultor de Tecnologia da informação.
O consultor e professor de Tecnologia da Informação e Marketing Digital e Sócio diretor da QWG digital, Gustavo Acioly, destaca que o Brasil é o país que mais utiliza internet e mídias sociais no mundo e por conta disso houve também uma evolução na função do jornalista e na forma de fazer jornalismo, “Além de informar o público, agora o público também colabora e interage com as matérias”. Afirma.
Ele cita como exemplo o site Overmundo que é construído com colaboração de voluntário na produção de matérias e participação com opiniões. Outro site segundo ele, que trabalha com produção de jornalismo cidadão a nível internacional e com versão no Brasil é o Demotix.com. ao todo são mais de 15 mil colaboradores em 110 países onde são garantidos os direitos autorais dos participantes nesse site.
Na opinião do professor, a participação de cidadãos na transmissão de informações é para ele, sem dúvida, um instrumento que pode trazer benefícios, na medida em que são procuradas mídias alternativas diferentes da mídia tradicional na divulgação da informação, visto que surge aos poucos projeto que priorizam a participação do público no jornalismo. O que ele alerta, apenas, é quanto ao anonimato dos participantes que pode gerar conseqüências negativas. “O anonimato dos participantes pode trazer conseqüências negativas, devendo-se ter cuidado com o conteúdo daquilo que se lê na internet”, pondera.
“Não se questiona a importância da participação direta do cidadão no jornalismo nessa nova era digital", Gustavo.
O espaço destinado ao jornalismo cidadão pelos grandes sites brasileiros é observado pelo professor como ainda pequeno, se comparado a outros países. “Existem espaços, mas eles ainda são discretos”. Gustavo questiona que tanto o portal de noticia G1 como no site Terra a plataforma para participação de jornalismo cidadão não tem grande relevância, de acordo com ele o primeiro fica na parte inferior e sem qualquer destaque, já o segundo “escondido” no link terra TV.
Gustavo é enfático e diz que “Não se questiona a importância da participação direta do cidadão no jornalismo nessa nova era digital. O jornalismo tradicional não se tornará obsoleto, desde que acompanhe a evolução desse tipo de tecnologia”. No entanto, ele acentua que ainda se dá pouco destaque para o jornalismo cidadão, “A falta de destaque e propaganda para o jornalismo cidadão nos grandes sites comprova que esse tipo de jornalismo ainda está engatinhando”, diz.
Quanto ao futuro do jornalismo participativo Gustavo acredita ainda que em curto espaço de tempo a produção do jornalismo cidadão se tornará uma prática comum e que pela primeira vez o publico participa efetivamente da produção da noticia, sendo não só consumidor como também produtor. “Pela primeira vez desde a criação dos meios de comunicação o usuário está verdadeiramente no poder”. Finaliza.
Ufa! Quase que não termino. Li por partes. ;-)
ResponderExcluirBjsssssss
Eta! sobrou informação???????????? Menina, tu é fera, bjussssssssssssssssssssssss
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